De 23 de novembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024

 

Bem-vindos à exposição "Resistência e Heroísmo em Cordel: A Saga das Heroínas Negras Brasileiras", uma celebração da força, coragem e influência das mulheres negras que desempenharam papéis cruciais na história e cultura do Brasil.

A exposição é aberta pelo poema Vozes-mulheres, de Conceição Evaristo.

Cada heroína é celebrada por meio de um cordel criado pela escritora Jarid Arraes (21) em seu livro “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis”. São elas:

Antonieta de Barros (1), pioneira na política e na educação, representada por um cordel que reflete sua luta e determinação.

Aqualtune (2) e Dandara dos Palmares (3), guerreiras do Quilombo dos Palmares, cujas histórias são contadas com vigor e admiração.

Carolina Maria de Jesus (4) e Maria Firmina dos Reis (5), vozes literárias que ecoam as realidades e sonhos do povo negro.

Esperança Garcia (6), Eva Maria do Bonsucesso (7) e Laudelina de Campos Melo (8), mulheres que, cada uma a seu modo, abriram caminhos na busca por justiça e igualdade.

Luisa Mahim (9), Maria Felipa (10), Mariana Crioula (11) e Nã Agontimé (12), símbolos de resistência e resiliência feminina.

Tereza de Benguela (13) e Tia Ciata (14), que lideraram com coragem e sabedoria, deixando um legado de força e união.

Zacimba Gaba (15), uma figura mítica cuja história se entrelaça com a lenda e a realidade.

Convidamos para explorar a saga dessas mulheres extraordinárias, um mergulho nas profundezas de suas lutas e conquistas. Narradas com a paixão e o ritmo característicos do cordel, suas histórias transcendem o tempo, oferecendo um olhar fascinante sobre a resistência e o heroísmo feminino.

Para além das heroínas da obra de Jarid Arraes, propomos celebrar também:

Chica Barrosa (16), Helenira Resende (17), Marielle Franco (18), Xica Manicongo (19) e Leci Brandão (20), mulheres que, cada uma em sua época, lutaram por direitos e representatividade, inspirando gerações.

Sabemos que a exposição não esgotará os nomes de mulheres negras heroínas em seu tempo e espaço. Para isso, queremos a sua contribuição para sugestão de novos nomes que iremos celebrar ao longo dos próximos anos.

Prepare-se para ser transportado a um mundo onde a bravura, a sabedoria e a arte se entrelaçam, celebrando as contribuições inestimáveis destas mulheres extraordinárias na história do Brasil.

Para a abertura do nosso evento, selecionamos uma imagem que reflete profundamente nossos valores e a mensagem que desejamos transmitir. Escolhemos a Abayomi, "encontro precioso", uma boneca preta artesanal que simboliza resistência e criatividade. Ela é confeccionada com tecido, cujos detalhes são criados a partir de nós e tranças, sem a necessidade de cola ou costura. Esta escolha homenageia as mulheres negras, que, assim como a Abayomi, representam força, resiliência e a capacidade de transformar adversidades em arte e esperança.